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Cólicas: porque a Osteopatia pode ajudar o seu bebé

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Cólicas: porque a Osteopatia pode ajudar o seu bebé

2 Agosto 2017


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Quantos pais não conhecemos que viveram os primeiros meses de vida do bebé atormentados e com poucas horas de descanso porque o seu bebé chorava com muita frequência, muitas vezes ininterruptamente por largos períodos, sem causa aparente? E quantas vezes não ouvimos  dizer , sobretudo entre populares, que as cólicas, o refluxo, a obstipação ou mesmo os distúrbios de sono nos recém nascidos são “normais”?

 

É transmitido que, ultrapassada a fase dos primeiros 3 meses de vida, as cólicas vão ser superadas ou que, acrescentando um ou outro pro biótico, o intestino vai acalmar, resolvendo as cólicas que tanto atormentam o bebé. Se para alguns bebés isto até corresponde à verdade, para outros, arriscamos, a maioria, não.

 

Antes de mais, há que procurar conhecer a causa das cólicas. A Osteopatia Infantil é um sistema de tratamento seguro e suave que pode ajudar a debelar lesões e incidências mais comuns nos recém nascidos, bebés e crianças. De acordo com a abordagem osteopática, a origem dos desconfortos que acima mencionámos está ligada, na generalidade dos casos, a bloqueios na base do crânio, que alteram o normal funcionamento de 3 importantes nervos cranianos: nervo glossofaríngeo, nervo vago e nervo acessório.

 

O nervo vago é o grande responsável pela inervação parassimpática de muitos órgãos e vísceras presentes na caixa torácica e abdominal (como por exemplo pelo movimento dos intestinos ou peristaltismo intestinal) e que, quando afectado, pode produzir sintomas em qualquer um deles. Estas alterações nos recém nascidos, na maioria dos casos, surgem pelo mau posicionamento do bebé in utero nas semanas que antecedem o parto ou mesmo no momento do parto. Quando não existe um “encaixe” perfeito da cabeça do bebé em relação à pélvis da mãe, surgem tensões e modificações da forma do crânio, que podem levar à compressão do nervo vago.

 

 

Alguns estudos sugerem que até 80% de todas as crianças contraem lesões no processo do parto. Estas lesões podem ser discretas e subtis, só reconhecidas pelas mãos treinadas do osteopata, mas também podem ser severas e imediatamente perceptíveis pela simples observação da criança.

 

 

O osteopata infantil utiliza técnicas muito suaves e promotoras de conforto, desbloqueia e “desprograma” esses desarranjos estruturais, permitindo o bom funcionamento das estruturas implicadas no processo. As cólicas respondem bem ao tratamento osteopático e a vida dos bebés e pais melhora substancialmente após a visita ao consultório.

 

 

Grande parte das crianças que nos visitam no consultório são já encaminhadas por médicos pediatras. Para além das cólicas, a Osteopatia pode ajudar num conjunto de outras incidências como por exemplo torcicolo Congénito, plagiocefalia, assimetria do crânio e/ou face; outros transtornos digestivos, tais como refluxo, hérnia do hiato, diarreia, obstipação, dificuldade de sucção na amamentação, transtornos no sono, agitação, nervosismo e  otites.

 

 

A Osteopatia é uma terapia reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e que goza de grande aceitação e notoriedade em países como Austrália, Estados Unidos, França, Suiça e Reino Unido. Neste último país, existem clínicas especializadas em Osteopatia Pediátrica há mais de 50 anos.

 

 

São vários os estudos que apontam para as vantagens de um check up pós natal ao recém nascido de modo a que possam ser identificadas lesões ou predisposição a lesões, proporcionando assim uma rápida intervenção e a otimização dos resultados.

Susana Wilton Piegas

Clínica Médica Baby Boom

(www.facebook.com/osteopatiainfantil)l

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