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A varicela é uma doença típica da Primavera e do Verão

Especialistas, Saúde

A varicela é uma doença típica da Primavera e do Verão

10 Maio 2017


Varicela

varicelaA varicela é uma doença típica da Primavera e do Verão, mas pode aparecer em qualquer altura do ano, como agora, por exemplo, em que parece haver pequenos surtos por essas escolas fora. Tal não é de espantar, quando estamos a falar de uma das doenças mais contagiosas, transmitida através das secreções respiratórias (tosse) e/ou de borbulhas, mesmo dois dias antes de aparecerem.

 

As manchas começam geralmente no pescoço e no tronco, mas rapidamente se espalham por todo o corpo, passando a vesículas e depois a crostas, atingindo obrigatoriamente o couro cabeludo e a zona genital.

 

A febre pode estar presente e deve ser apenas tratada com paracetamol e não com ibuprofeno.

 

Para a comichão que as borbulhas provocam é importante:

-cortar bem as unhas;

-dar banhos rápidos e menos quentes, por vezes com farinha maisena, que é calmante;

-aconselhar-se com médico para sugestão de alguns sprays, cremes ou xaropes que ajudam a diminuir a comichão.

 

Não insista na alimentação: às vezes têm borbulhas dentro da boca também. Geralmente a varicela é uma doença benigna, sem qualquer tipo de complicações, que dura cerca de uma semana (até ficar tudo em crosta), altura em que não se pode ir à escola nem conviver com crianças/adultos/grávidas que não tenham tido varicela.

 

Os sinais de alarme e que devem fazer ir à urgência são a prostração, febre alta (>39ºC), dificuldade respiratória, alterações de equilíbrio, da marcha ou de comportamento. Em algumas situações especiais (doentes crónicos, imunodeprimidos, segundo caso de varicela na mesma família, adolescentes ou adultos), pode haver indicação para fazer uma medicação específica com antiviral.

 

Após as crostas caírem, proteja bem o seu filho da exposição solar, para reduzir ou evitar as marcas.

 

Em Portugal existe vacina contra a varicela, mas não faz parte do programa nacional de vacinação e a sua administração não é consensual, excepto em grupos de risco.

 

Drª Mónica Cró Braz

Pediatra, Hospital CUF Descobertas