Família
Brinquedos caseiros, objectos de aprendizagem!
7 Maio 2016
No outro dia perdi-me a ver alguns álbuns de fotografias que existem lá em casa. Ah…álbuns eram aqueles livros com bolsinhas plásticas onde se colocavam fotografias reveladas e que serviam para nos perdermos em memórias que nos faziam bem à alma (pelo menos a maior partes delas). Agora chamam-se pastas e, na melhor das hipóteses, servem para decorar o ambiente de trabalho ou ficarem ad eterno num qualquer disco externo. E mais, hoje o Facebook aviva-nos memórias a toda a hora. “Clara, preocupamos-nos contigo e com as memórias que partilhas aqui. Pensámos que gostarias de recordar que há 20 anos publicaste uma foto a mudar a fralda ao teu bebé.”
Mas vamos ao que interessa. Num desses álbuns havia uma foto que me sugeriu esta partilha. O meu bebé, hoje com vinte anos, estava sentado no chão da cozinha e, em frente a ele, uma passadeira de taparueres que havia despejado do armário. Ainda me lembro do seu silêncio, da sua alegria e da minha expressão desarrumada, tal como a minha cozinha! Tamanhos, cores formas, texturas, encaixes, sons, empilhamentos, quantidades, jogos de luz, adereços teatrais, instrumentos de percussão…a matemática, a física e as artes arrumadas num armário. Felizmente, a máquina registou um momento de brincadeira e de aprendizagem. Percebendo o quanto desfrutara a descoberta, ainda lhe dei colheres de pau, de plástico e de metal para uma exploração musical mais completa. Não os podes vencer, junta-te a eles…e diverte-te!
Esta memória fotográfica fez-me partilhar convosco alguns brinquedos caseiros que considero serem objectos de aprendizagem e estimuladores da actividade lúdica, por isso objectos de prazer para a criança. Meias, molas da roupa, jornais e revistas, tachos, tampas, frigideiras, copos, pratos e talheres de plástico, panos de cozinha, garrafas e garrafões de água (vazios, claro!), baldes e bacias, vassouras pequenas, rolos de papel higiénico inteiros (se não lhes derem, eles descobrem), utensílios de cozinha não cortantes, sapatos, chapéus e malas…enfim, uma diversidade de “brinquedos” a custo zero e com potencialidades de exploração sem fim.
Advertência: Os “brinquedos” devem cumprir as normas de segurança lá de casa e a brincadeira deve ser vigiada e…registada.
Nota: o Guilherme nunca quis ser músico mas foi um brincador. 😉
Clara Castela – Educadora de Infância
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