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Gostava que viesses à minha festa de aniversário!

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Gostava que viesses à minha festa de aniversário!

18 Fevereiro 2016


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As festas de aniversário são momentos de grande alegria para as crianças e de alguma azáfama para os pais. E como não há festas sem trabalho, vamos lá por mãos à obra!

 

Uma festa de aniversário é sempre uma boa notícia e como tal também ela chama a atenção pelo lead. Quem? O quê? Onde? E quando? Os pais, esses grandes organizadores deste evento tão marcante da vida dos filhos, determinam o Onde? e o Quando? . A criança “determina” o Quem? e O quê?

 

Onde? Realizar a festa de aniversário em casa é sempre uma boa opção. A criança está no seu castelo e isso fá-la sentir-se bem, transmite-lhe autoestima e autoconfiança. Ela é a anfitriã. Quando o espaço casa não é solução existem muitas alternativas de espaços lúdicos preparados para receber eventos desta natureza. Aqui é importante estar atento à dimensão do espaço, à segurança e à climatização do mesmo.

 

Quando? No próprio dia, se for possível ou ter o cuidado de não distanciar muito este acontecimento para não criar ansiedade na criança.

 

O quê? responde ao tema da festa. Até aos 3 anos a decisão do tema da festa será dos pais. A partir desta idade a criança já pode (e quer) sugerir algum tema segundo os seus gostos e motivações.

 

O quem? gera alguma controvérsia. Quem convidamos para a festa? Até aos 3 anos esta questão não se coloca. A partir dos quatro anos a criança, fruto de uma aprendizagem social tida na família e na escola, começa a ter poder de decisão sobre quem quer convidar para a sua festa. Os filhos dos amigos dos pais estão sempre garantidos. Os amigos da escola nem sempre.

 

Como educadora gosto sempre que todas as crianças do grupo recebam um convite. Facilita-me a vida, claro! E acho que promove a socialização, as relações entre pares e provoca novas amizades entre as crianças. Quando isto não acontece faço com que os meus minialunos entendam que nem todos podem participar nas festas de aniversário. Compreendo que por questões de espaço, orçamento e mesmo vontade, os “promotores” das festas de aniversário dos filhos se vejam gregos para corresponder à vontade da criança. Urge alguma coerência nesta tomada de decisão. Por vezes confronto-me com situações pouco razoáveis, a meu ver. Não me parece muito elegante que numa turma, duas ou três fiquem de fora satisfazendo algum capricho da criança. É que por vezes esta seleção é feita pelos pais. As crianças têm a capacidade compreensiva necessária para entender as propostas dos pais e estes devem orientar a criança na sua tenra capacidade seletiva. Implicar a criança na organização da sua festa faz com que ela comece a tomar consciência de todos os “valores” que a fazem crescer.

 

Educadora Clara Castela