Maternidade
De mulher para mulher…
7 Março 2016
Até podia ser uma canção da Ágata ou da Romana. Mas não. É apenas uma reflexão partilhada (com mulheres e não só) de uma condição ancestral. Nascer mulher.
Estamos condenadas a provar a maçã! O fruto, que em tempos era proibido, é capa de todo e qualquer manual de dietas, ingrediente de luxo de bebidas detox, alimento imprescindível numa salada mediterrânica. Eva já foi retirada magra da costela de Adão mas como se deixou enganar pela serpente ficou condenada a incluir maçãs na sua alimentação, mesmo que lhe apeteça um bolo da Padaria Portuguesa. Portanto, nascer mulher é isto. E muito mais. Nascer mulher é demais!
E agora? O que têm em comum a Minnie, a Margarida, a Cinderela, a Mulan, a Pocahontas, a Elsa e a Ana, a Rapunzel, a Branca de Neve, a Marge Simpson, a Barbie, a Sara Sampaio ou a esposa do Jorge Jesus? Aparentemente…nada. Efetivamente…tudo. Nasceram mulheres! Personificam força, coragem, determinação, afetividade, resiliência, beleza, trabalho, família, lazer, sedução, atitude, altruísmo, inteligência.
Nascer mulher é um cocktail de adjetivos no superlativo absoluto sintético. Nascer mulher é lutar no feminino com bravura de guerreiro(a). Nascer mulher é acompanhar uma amiga ao WC. Nascer mulher é falar tanto que a voz reclame um chá de casca de cebola. Nascer mulher é comprar a Revista Cristina sempre ao dia 7. Nascer mulher é ter uma forte dor de cabeça quando o seu pavão abre as penas em leque. Nascer mulher é adormecer a ver uma qualquer novela da TVI. Nascer mulher é cantar O sonho de menino com a vizinha do 3º andar. Nascer mulher é baixar o tampo da sanita, beber umas jolas quando joga o Benfica, dobrar meias sem par, ler Pedro Chagas Freitas, ouvir Caetano ou fazer a última receita da Bimby.
Mas nascer Mulher é ainda muito mais… porque a Mulher é Mais! É demais!
A mulher é um Priberam de significados, um facebook de frases de autor, um instagram de cor, um linkedin de profissionalismo. É filha, esposa, nora, namorada, avó, sogra, tia, madrinha, madrasta, vizinha, amiga, amante, dona de casa, educadora…e “selfie” made woman! Eheheheh.
Pois é. Cá pelas minhas bandas, educam-se as meninas para serem mulheres, mães, educadoras e mestras sob a inspiração de um homem que já no século XIX acreditava que a mulher era a base da sociedade.
A todas as Mulheres um dia magnífico. Mimem-se, deixem-se mimar e comam o bolo que vos apetecer. A maçã só trouxe problemas!
Clara Castela,
Educadora de Infância
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